Já lá vão 25 anos. Mas a voz nunca se calou. Principalmente se, hoje mais que nunca, precisar de ser ouvida.
Qualquer dia... Qualquer dia...
O Abraço.
Recordando o 25 de Abril. Aqui fica uma homenagem a José Afonso, na voz de Cristina Branco.
Com o seu tom sempre revolucionário, este grande homem exprime o seu sentimento de uma maneira única espelhando-nos sempre o seu ideal de liberdade e de igualdade, ideais de tempos remotos mas que se enquadram perfeitamente no presente. Fiquem com uma grande música do senhor José Afonso.
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer
Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão
E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vem levantá-lo do chão
ninguém vem levantá-lo do chão
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar